Papo com... ZECINTRA - Jornal Boqueirão News - Santos/SP - 29/11/2012
- zecintra
- 29 de nov. de 2012
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Nome artístico de José Cintra Baptista. Fotógrafo santista que vem se destacando com apenas sete meses de profissão, conquistando vários prêmios. É também um artista das artes visuais, que terá uma obra sua, Via Crucis, exposta no Museu do Louvre, em Paris, de 13 a 16 de dezembro. Suas obras nas artes visuais são feitas a partir de suas fotos, que passam por técnicas e depois as transforma em painéis. Na adolescência, de volta a Santos, depois de passar a infância em São Paulo, concluiu seus estudos no Colégio Santista. Sua mãe, artista plástica e professora de origem nordestina, e seu pai, empresário em Santos, de família tradicional, fizeram com que essa diversidade lhe desse uma ampla visão sobre a vida, do mundo e das artes. Tem na mãe a poesia e a alegria – sua grande influência. Um profissional do som (engenheiro de som), que se reinventou para as artes visuais expondo toda sua técnica, mas acima de tudo sua sensibilidade, características que tem feito toda a diferença nos seus trabalhos fotográficos e nas artes visuais
Sua formação
Cursei Administração de Empresas e Economia na Unisantos, sem concluir qualquer dos dois cursos. Sou engenheiro de som, inicialmente com formação autodidata e posteriormente formado pelo IAV em SP, pelo National Music Institute, em Washington DC-USA. Fiz também uma especialização em acústica na Universidad de Matanzas, em Cuba. Como músico, sou autodidata.
Sua trajetória profissional
Comecei como todo jovem da minha época trabalhando em pequenos comércios de nossa Cidade e, posteriormente, com 14 anos, passei a atuar como músico profissional na noite santista. Na época da faculdade de Economia, trabalhei no mercado financeiro onde atuei no desenvolvimento de alguns projetos, inclusive a proposta de implantação de uma unidade do WTC na cidade de Santos que acabou não sendo concluída por problemas técnicos e políticos.
Sua ligação com a música
Ela vem de família. Minha bisavó por parte de mãe era compositora e poetisa, tocava piano e regia os corais de sua cidade. Os pais da minha mãe se conheceram cantando em um programa de calouros da principal rádio de Fortaleza (PRE9) da época. Todos os seus filhos cantam, interpretam e são envolvidos com algum tipo de arte. Por conta disso, eu já nasci convivendo com a música e a arte em casa.
Músico
Comecei a tocar bateria e percussão profissionalmente ainda na adolescência, aos 14 anos de idade, em um trio de jazz com Chico Gomes e Hildebrando Brasil, na choperia Nicaneca. Como autodidata fui um dos primeiros músicos brasileiros a lançar em 1992 uma vídeo-aula de bateria.
Formação musical
Vem principalmente dos meus tios. Meu tio Marton Gama Pinto começou o movimento da Bossa Nova em Santos na década de 60, com o grupo O Poeta e a Bossa, com os amigos Roberto Sion, Fogueira, Paulinho Freitas, minhas tias Aleuda e Marilene e mais alguns amigos. Minha tia Aleuda acabou se profissionalizando como cantora e trabalhou com Hermeto Paschoal, Egberto Gismonti, Azimuthe e vários outros artistas. Ela se casou com o renomado baterista Nenê e depois com Robertinho Silva. que é seguramente um dos maiores bateristas do mundo de todos os tempos e minha principal referência. Foi quem me deu minha primeira bateria, meu primeiro par de baquetas e me passou os primeiros exercícios de estudo quando eu ainda era criança.
Engenheiro de som
O áudio veio como complemento à música. Fui estudar áudio para deixar de ser refém dos técnicos de som (risos) ... Sou muito perfeccionista. Já trabalho como engenheiro de som tanto em gravação, mixagem, masterização e como operador de som em shows há mais de 10 anos para artistas como Milton Nascimento, Sá & Guarabira, Nei Matogrosso, Titãs, Arrigo Barnabé, Sergio Reis, O Rappa, Chitãozinho e Xororó, Ivete Sangalo, entre vários outros.
Como a fotografia entrou em sua vida
Comecei a fotografar em março de 2012 por pura necessidade. Precisava fotografar um evento político que eu estava coordenando e não tinha quem fizesse isso. Achei que se comprasse uma máquina e um livro com o mínimo de dicas sobre fotografia, eu mesmo daria conta do trabalho. Nesse pouco tempo aproveitei para me aperfeiçoar fotografando os shows em que ia trabalhar como engenheiro de som.
Prêmios
Alguns meses depois de adquirir a primeira máquina fui agraciado com o primeiro lugar no prêmio Baixada Através das Lentes, do jornal A Tribuna. Também tive uma foto escolhida para fazer parte do livro Santos Valongo, com imagens de Santos, patrocinado pela construtora Odebrecht.
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